terça-feira, 29 de junho de 2010

Alma gêmea



Alma gêmea
(A ausência que ganha vida no reencontro... )


Ouça-me, não diga nada...

Hoje eu vou dar voz aos sentimentos,
transformá-los em palavras,
deixá-los documentados,

Chegou a hora, de demonstrar
o que eu sinto,
o sentimento mais lindo,
a entrega mais segura,
a decisão mais sábia...

Somos a prova real,
do reencontro de duas almas,
que em verdade,
nunca se separaram totalmente.

A busca terminou...
À nossa frente, o futuro,
não mais incerto,
agora com certeza, eterno...

Sandra Ribeiro

Pensamento atribuido a Albert Einstein.





Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. 

O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento, e por outro lado é renascimento.

Assim somos nós. Voltar é impossível na existência.
Você pode ir em frente e se arriscar: Torne-se OCEANO!!! 

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.


Aceite-me... AD


ACEITE-ME

Vida, aceite-me da maneira que venho...
Eu cheguei até você assim, desse jeitinho
que sou; cheguei como um presente e como
um brilho de luz na escuridão...

Por isso não trago manchas...
Sou uma pessoa comum, entre tantas outras...
Tenho a sensibilidade do amor e tenho
também todas as dificuldades de um ser humano...

Não tenho a pretensão de ser perfeita e nem
tampouco a prepotência de querer estar além
do que posso...
Tenho contudo, a humildade de conhecer meus
limites, e de saber onde posso chegar!!!

Eu sou alguém que vive, que sonha...
alguém que busca caminhos de realizações, e
de felicidade...
Sou alguém, que sofre, que luta, que chora...

Mas também sou alegria e sorrisos...
É assim que sou, e como todo meu semelhante,
sou única, sou indivisível...
e se você me procurar dentro de mim, me descobrirá
escondidinha na emoção....e se olhar bem devagarinho,
bem direitinho... verá que sou toda coração!!!

Desejo...





A minha boca e a tua
os lábios o toque.

O beijo sentido apreciado
em chama com desejo.

Beija-me assim o beijo saciado
açucarado, bailado, molhado, sem limites.


Fogo ardente
paixão eminente

continua o beijo
para sempre...


Teu corpo á mercê do meu desejo
Olhar fulminante acompanha qualquer movimento

Lentamente deposito um carreiro de beijos 

desde as virilhas até á tua boca
Lentamente encaixo minhas pernas em tuas ancas
Lentamente me afundo em ti num prazer divinal
Lentamente marco a cadência

Lentamente! Pedes-me

Intenso o olhar
Intenso o momento
Intenso o ritmo

Lentamente levanto o tronco
Lentamente avistas os meus seios
Lentamente beijas meus mamilos
Lentamente me entrego
Lentamente me fazes tua

Intenso o que se avizinha
Intenso o que se acumula
Intenso o desejo

Lentamente o arrepio que se anuncia
Lentamente os quadris que te possuem
Lentamente as mãos que em mim passeiam
Lentamente o grito, o suspiro, o gemido…

Prazer em fogo lento…

não sei se vai dar...


Mas nunca se esqueça que fui somente sua.

À Domicílio




À Domicílio




... O apartamento abria janelas para o mundo.

Crianças vinham colher na maresia essas notícias da vida por viver
ou da inconsciente saudade de nós mesmos.

A pobreza da terra era maior entre os metais que a rua misturava
a feios corpos, duvidosos, na pressa.

E de terraço em solitude os ecos refluíam e cada exílio em muitos se tornava e outra cidade fora da cidade na garra de um anzol  ia subindo, adunca pescaria, mal difuso, problema de existir, amor sem uso...
  
 Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saudade




Saudade! Não me persiga,
Não procures ser amiga
De quem gosta de ti!
Era assim que como eu falava,
Quando a saudade passava,
Às vezes, perto de mim!...

Mas... o tempo foi passando,
Todos foram se ausentando,
Para ali, para acolá...
A casa ficou deserta,
E pela janela aberta,
A saudade pode entrar!...

Saudades! Vens tão ligeira,
Ser minha companheira,
Nesta tristonha manhã!...
Dá-me o teu consolo amigo,
Saudades! Ficas comigo,
Saudades! És minha irmã!...


Rio de Janeiro, 15 de maio de 1941.

Para minha querida amiga Ruth, alma irmã da minha.

Alice França

AMIGOS

 

AMIGOS



Almas que no pretérito... 


Mantiveram íntimo relacionamento,

Imaginam nesta existência as mesmas possibilidades...

Gostam e sentem falta deste amor distante. Mas

O  presente exige novos relacionamentos, novas experiencias... 

Sábio aquele que percebe a diferença e cresce na adversidade.



ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2010
Código do texto: T2283907

POEMAS POSSIVÉIS JOSÉ SARAMAGO

Demissão
 
Este mundo não presta, venha outro.
Já por tempo de mais que andamos
A fingir de razões suficientes.
Sejamos cães do cão: sabemos tudo
De morder os mais fracos, se mandamos,
E de lamber as mãos se dependentes.


Fraternidade
 
A qual de nós engano quando irmão
Nestes versos te chamo?
Não são irmãs as folhas que do chão
Olham outras no ramo.
Melhor é aceitar a solidão.
Viver iradamente como o cão
Que remorde o açamo.


Mitologia
 
Os deuses, noutros tempos, eram nossos
Porque entre nós amavam. Afrodite
Ao pastor se entregava sob os ramos
Que os ciúmes de Hefesto iludiam.
Da plumagem do cisne as mãos de Leda,
O seu peito imortal, o seu regaço,
A semente de Zeus, dóceis, colhiam.
Entre o céu e a terra, presidindo
Aos amores de humanos e divinos,
O sorriso de Apolo refulgia.
Quando castos os deuses se tornaram,
O grande Pã morreu, e órfão dele,
Os homens não souberam e pecaram.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sonhos na noite




Mas uma vez surge à noite...
Penumbra frígida...
A névoa seca desce como um véu sobre as ruas tortuosas...
As flores liberam seus inebriantes aromas a provocar os instintos dos homens.
À noite não desejo luzes,
Não desejos sons,
Minha dor se transmuta em coragem,
Necessito apenas ficar só.
Eu serei a saudade que busca por ti...
Eu viverei meus sonhos em torno de ti...
Contigo... A paixão... Em todas as noites.

ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 28/05/2010
Código do texto: T2285400

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ENTRE NUVENS

 

ENTRE NUVENS

Estou pairando por entre nuvens...
Pois entre nuvens venço o tempo que te espero.
Por entre nuvens chamo teu nome aos ventos.
Por entre nuvens me arrisco a escrever teu nome, pois como na areia da praia... Aqui o vento apagará.
Minha paixão circula por labirintos...

Por entre nuvens vejo as aves migratórias em seu vôo para a casa.
Por entre nuvens posso saudar o nascer do sol, pois vislumbro todo o horizonte.
Por entre frias nuvens busco o calor de teu corpo..

Visualizo teu semblante – com as crianças fazem olhando nuvens que bailão ao sabor dos ventos.
Teus cabelos dançam com a força do vento que me acaricia.
O vento agora sobra teu nome...

Por entre nuvens busco encontrar a paz... Tenho a certeza de que ainda vou te encontrar... Em teus braços delicados, finalmente, poderei descansar.
 
ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 04/06/2010
Código do texto: T2299492

AMOR... AMOR... AMOR...

 

AMOR... AMOR... AMOR...

A inda que percorra
M undos diversos.
O riento meu caminho pela luz de teu olhar,
R umo direto para teu colo.



A manhã...
M orrerei mais um pouco.
O s nossos destinos são como paralelas...
R esta-me a esperança de nosso renascer.


A moras vermelhas...
M orangos maduros...
O s sabores doces destes frutos...
R emetem-me as lembranças de teus lábios.
 
 
ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 05/06/2010
Código do texto: T2300873

Ajustes...



Ajustes...

Procurei refúgio entre as nuvens,
Encontrei entre brancos lençóis de linho...
Procurei-te no azul do céus,
Estavas na cama a minha espera...
Procurei abrigo em teus braços...
Adormeci em teu busto inebriado por doce fragrância.

ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 05/06/2010
Código do texto: T2300878