quarta-feira, 21 de julho de 2010

Soneto Do Corifeu

São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão
Principalmente, quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu como esquecida

E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
Que a vida não quer de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua
Tão linda, que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua


sábado, 3 de julho de 2010

Poema XX





Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la queria.
Como no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oir la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocio.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso és todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuanto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.

Te amo





Te amo 

Te amo de una manera inexplicable.
De una forma inconfesable.
De un modo contradictorio.
 
Te amo
Con mis estados de ánimo que son muchos,
y cambian de humor continuamente.
Por lo que ya sabes,
El tiempo.
La vida.
La muerte.

Te amo
con el mundo que no entiendo.
Con la gente que no comprende.
Con la ambivalencia de mi alma.
Con la incoherencia de mis actos,
Con la fatalidad del destino.
Con la conspiración del deseo.
Con la ambigüedad de los hechos.
Aún cuando te digo que no te amo, te amo.
Hasta cuando te engaño, no te engaño.
En el fondo, llevo a cabo un plan,
para amarte... mejor.

Te amo.
Sin reflexionar, inconscientemente,
irresponsablemente,
espontáneamente,
involuntariamente,
por instinto,
por impulso,
irracionalmente.
En efecto no tengo argumentos lógicos,
ni siquiera improvisados
para fundamentar este amor que siento por ti,
que surgió misteriosamente de la nada,
que no ha resuelto mágicamente nada,
y que milagrosamente, de a poco, con poco y nada
ha mejorado lo peor de mi.

Te amo.
Te amo con un cuerpo que no piensa,
con un corazón que no razona,
con una cabeza que no coordina.
 
Te amo
incomprensiblemente.
Sin preguntarme, por qué te amo.
Sin importarme por qué te amo.
Sin cuestionarme por qué te amo.
 
Te amo
sencillamente porque te amo.
Yo mismo no se por qué Te Amo...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

BELO CAMINHO



BELO CAMINHO

Hoje sairei a caminhar
Hoje todo mal há de me abandonar
Serei tal como fui antes
Terei uma brisa fresca a percorrer meu corpo
Terei um corpo leve
Hei de ser feliz como sempre
Nada há de me impedir
Caminho com a beleza à minha frente
Caminho com a beleza atrás de mim
Caminho com a beleza abaixo de mim
Caminho com a beleza acima de mim
Caminho com a beleza ao meu redor
Belas hão de ser minhas palavras
Porque o Amor é a Fonte
A Alegria é o Poder
E a Vida é uma celebração!

(Prece dos índios da Tribo Americana Navajo)

MITAKUYE OYASIN = SOMOS TODOS IRMÃOS

APRENDENDO A "SÓ SER"



Texto de Regina M. Azevedo

Ecoa na minha cabeça a voz vibrante de Alceu Valença cantando o refrão: "A solidão é fera, a solidão devora/ É amiga da noite, prima-irmã do tempo/ E faz nossos relógios caminharem lentos/ Causando descompasso no meu coração..."

De fato, quando se está desesperadamente só, o tempo custa a passar.

As noites são intermináveis e em geral velamos por elas como se, ao encará-las, acelerássemos o relógio, trazendo a luz do novo dia e renovando as esperanças.

Dor de solidão é visceral porque nenhum sentimento é experimentado tão intimamente.

Medo, raiva, amor, alegria quase sempre são exteriorizados e compartilhados.

Abandono, impotência e amargura ficam corroendo os solitários, arrastando-os ao fundo do poço como uma âncora da qual não se pode libertar.

Que caminhos nos conduzem à solidão?

Em muitos casos, "estar sozinho" não é sinônimo de "ser solitário".

E há muita gente que experimenta a contragosto este sentimento, mesmo estando acompanhada...

Há dois tipos básico de solidão:

O primeiro é fruto de carências e do sentimento de abandono desenvolvido na infância, que reflete a história pessoal do indivíduo, o modelo de mundo criado a partir das experiências do seu passado.

O segundo é resultante de um processo de diferenciação do ser humano: quanto mais elevado o seu nível de consciência e compreensão, maior a dificuldade de encontrar interlocutores para partilhar idéias e expectativas.

Apesar de todos os seus conhecimentos, esse indivíduo se vê, aos poucos, "falando com as paredes" e vai se fechando.

Pode chegar ao extremo de tentar refrear seu desenvolvimento ou até mesmo regredir, para novamente se integrar à massa dos "simples mortais".

Tentativas assim, em geral, resultam inúteis.

Esse tipo de solitário precisa entender que pessoas diferenciadas existem em menor número mesmo.

O remédio é persistir na procura e fluir com o tempo...

Amar-te




Amar-te como quem ama tudo
pois em tudo está tua lembrança.
Amar-te como ama uma criança.
Amar-te em paz! Amar-te, contudo.

Amar-te tanto... Amar-te tudo.
(Por ti todo o amor ainda é pouco). 
Amar-te com amor irresponsável e louco! 
Amar-te todo o corpo, coração e mente.

Baseado num poema de José Cauneto