Saudade
Saudade! Não me persiga,
Não procures ser amiga
De quem gosta de ti!
Era assim que como eu falava,
Quando a saudade passava,
Às vezes, perto de mim!...
Mas... o tempo foi passando,
Todos foram se ausentando,
Para ali, para acolá...
A casa ficou deserta,
E pela janela aberta,
A saudade pode entrar!...
Saudades! Vens tão ligeira,
Ser minha companheira,
Nesta tristonha manhã!...
Dá-me o teu consolo amigo,
Saudades! Ficas comigo,
Saudades! És minha irmã!...
Rio de Janeiro, 15 de maio de 1941.
Alice França
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