sábado, 13 de agosto de 2011

Alvorada - Natalia Marchi


Parto de ti. Oh!  alvorada da minha alma.
Com cálices de dor em meus ombros.
Parto...
 Neste instante por um breve momento me recordo dos dias em teus braços cálidos.   
Oh! Parto neste momento de minha lucidez onde entorpeço minha alma de lembranças.
Ah! Sim parto em lágrimas de amor, rompo contigo minha flor da alma
Esta eterna namorada que tanto me consolou em dias tristes da minha vida.
Sim... Me vou a um entardecer triste e frio, onde lágrimas cantam minha dor da tua ausência
Meu destino vai compreender quando chegar o momento.
Minha alma com asas se estendem sobre luzes de outros tempos.
Oh! Minha alma sucumbida inerte por paixões que são o florescer do meu riso.   
Parto sem remorso por ter feito tudo que podia para acalmar tua alma.
Vive em ti todos os dias que você me permitiu entrar em teu coração duro e solitário.
Sim... parto sem deixar rastro e nem mesmo cicatrizes, pois nunca habitei tua morada.
Lágrimas são partes de uma despedida já marcada.
Sim... me vou e fecho os olhos para não me perder na imensidão que nunca me deixou conhecer.  
 Sim...parto na estrada encruzilhada de esquinas e becos onde jamais caminhei.
Caminho em lugares jamais vistos.   
Minha alvorada pálida sem vida em teu coração que se fechou para o mundo e vive o teu mundo escuro.
Sem risos e sabores. 
Por isto parto para viver meus amores.


Nenhum comentário:

Postar um comentário