quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Carta Aberta à Marina Silva por Maurício Abdalla

 “Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo. Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias? Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito. Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja. Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a Folha e o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais. Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da casa-grande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.








[1] Publicada em Portal Luis Nassif http://blogln.ning.com/profiles/blogs/carta-aberta-a-marina-silva[2] Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros. ES

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lembranças...

http://www.youtube.com/watch?v=93JyRgrdEQ4

Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim.
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder.
Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Soneto Do Corifeu

São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão
Principalmente, quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu como esquecida

E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
Que a vida não quer de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua
Tão linda, que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua


sábado, 3 de julho de 2010

Poema XX





Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la queria.
Como no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oir la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocio.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso és todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuanto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.

Te amo





Te amo 

Te amo de una manera inexplicable.
De una forma inconfesable.
De un modo contradictorio.
 
Te amo
Con mis estados de ánimo que son muchos,
y cambian de humor continuamente.
Por lo que ya sabes,
El tiempo.
La vida.
La muerte.

Te amo
con el mundo que no entiendo.
Con la gente que no comprende.
Con la ambivalencia de mi alma.
Con la incoherencia de mis actos,
Con la fatalidad del destino.
Con la conspiración del deseo.
Con la ambigüedad de los hechos.
Aún cuando te digo que no te amo, te amo.
Hasta cuando te engaño, no te engaño.
En el fondo, llevo a cabo un plan,
para amarte... mejor.

Te amo.
Sin reflexionar, inconscientemente,
irresponsablemente,
espontáneamente,
involuntariamente,
por instinto,
por impulso,
irracionalmente.
En efecto no tengo argumentos lógicos,
ni siquiera improvisados
para fundamentar este amor que siento por ti,
que surgió misteriosamente de la nada,
que no ha resuelto mágicamente nada,
y que milagrosamente, de a poco, con poco y nada
ha mejorado lo peor de mi.

Te amo.
Te amo con un cuerpo que no piensa,
con un corazón que no razona,
con una cabeza que no coordina.
 
Te amo
incomprensiblemente.
Sin preguntarme, por qué te amo.
Sin importarme por qué te amo.
Sin cuestionarme por qué te amo.
 
Te amo
sencillamente porque te amo.
Yo mismo no se por qué Te Amo...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

BELO CAMINHO



BELO CAMINHO

Hoje sairei a caminhar
Hoje todo mal há de me abandonar
Serei tal como fui antes
Terei uma brisa fresca a percorrer meu corpo
Terei um corpo leve
Hei de ser feliz como sempre
Nada há de me impedir
Caminho com a beleza à minha frente
Caminho com a beleza atrás de mim
Caminho com a beleza abaixo de mim
Caminho com a beleza acima de mim
Caminho com a beleza ao meu redor
Belas hão de ser minhas palavras
Porque o Amor é a Fonte
A Alegria é o Poder
E a Vida é uma celebração!

(Prece dos índios da Tribo Americana Navajo)

MITAKUYE OYASIN = SOMOS TODOS IRMÃOS

APRENDENDO A "SÓ SER"



Texto de Regina M. Azevedo

Ecoa na minha cabeça a voz vibrante de Alceu Valença cantando o refrão: "A solidão é fera, a solidão devora/ É amiga da noite, prima-irmã do tempo/ E faz nossos relógios caminharem lentos/ Causando descompasso no meu coração..."

De fato, quando se está desesperadamente só, o tempo custa a passar.

As noites são intermináveis e em geral velamos por elas como se, ao encará-las, acelerássemos o relógio, trazendo a luz do novo dia e renovando as esperanças.

Dor de solidão é visceral porque nenhum sentimento é experimentado tão intimamente.

Medo, raiva, amor, alegria quase sempre são exteriorizados e compartilhados.

Abandono, impotência e amargura ficam corroendo os solitários, arrastando-os ao fundo do poço como uma âncora da qual não se pode libertar.

Que caminhos nos conduzem à solidão?

Em muitos casos, "estar sozinho" não é sinônimo de "ser solitário".

E há muita gente que experimenta a contragosto este sentimento, mesmo estando acompanhada...

Há dois tipos básico de solidão:

O primeiro é fruto de carências e do sentimento de abandono desenvolvido na infância, que reflete a história pessoal do indivíduo, o modelo de mundo criado a partir das experiências do seu passado.

O segundo é resultante de um processo de diferenciação do ser humano: quanto mais elevado o seu nível de consciência e compreensão, maior a dificuldade de encontrar interlocutores para partilhar idéias e expectativas.

Apesar de todos os seus conhecimentos, esse indivíduo se vê, aos poucos, "falando com as paredes" e vai se fechando.

Pode chegar ao extremo de tentar refrear seu desenvolvimento ou até mesmo regredir, para novamente se integrar à massa dos "simples mortais".

Tentativas assim, em geral, resultam inúteis.

Esse tipo de solitário precisa entender que pessoas diferenciadas existem em menor número mesmo.

O remédio é persistir na procura e fluir com o tempo...

Amar-te




Amar-te como quem ama tudo
pois em tudo está tua lembrança.
Amar-te como ama uma criança.
Amar-te em paz! Amar-te, contudo.

Amar-te tanto... Amar-te tudo.
(Por ti todo o amor ainda é pouco). 
Amar-te com amor irresponsável e louco! 
Amar-te todo o corpo, coração e mente.

Baseado num poema de José Cauneto

terça-feira, 29 de junho de 2010

Alma gêmea



Alma gêmea
(A ausência que ganha vida no reencontro... )


Ouça-me, não diga nada...

Hoje eu vou dar voz aos sentimentos,
transformá-los em palavras,
deixá-los documentados,

Chegou a hora, de demonstrar
o que eu sinto,
o sentimento mais lindo,
a entrega mais segura,
a decisão mais sábia...

Somos a prova real,
do reencontro de duas almas,
que em verdade,
nunca se separaram totalmente.

A busca terminou...
À nossa frente, o futuro,
não mais incerto,
agora com certeza, eterno...

Sandra Ribeiro

Pensamento atribuido a Albert Einstein.





Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. 

O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento, e por outro lado é renascimento.

Assim somos nós. Voltar é impossível na existência.
Você pode ir em frente e se arriscar: Torne-se OCEANO!!! 

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.


Aceite-me... AD


ACEITE-ME

Vida, aceite-me da maneira que venho...
Eu cheguei até você assim, desse jeitinho
que sou; cheguei como um presente e como
um brilho de luz na escuridão...

Por isso não trago manchas...
Sou uma pessoa comum, entre tantas outras...
Tenho a sensibilidade do amor e tenho
também todas as dificuldades de um ser humano...

Não tenho a pretensão de ser perfeita e nem
tampouco a prepotência de querer estar além
do que posso...
Tenho contudo, a humildade de conhecer meus
limites, e de saber onde posso chegar!!!

Eu sou alguém que vive, que sonha...
alguém que busca caminhos de realizações, e
de felicidade...
Sou alguém, que sofre, que luta, que chora...

Mas também sou alegria e sorrisos...
É assim que sou, e como todo meu semelhante,
sou única, sou indivisível...
e se você me procurar dentro de mim, me descobrirá
escondidinha na emoção....e se olhar bem devagarinho,
bem direitinho... verá que sou toda coração!!!

Desejo...





A minha boca e a tua
os lábios o toque.

O beijo sentido apreciado
em chama com desejo.

Beija-me assim o beijo saciado
açucarado, bailado, molhado, sem limites.


Fogo ardente
paixão eminente

continua o beijo
para sempre...


Teu corpo á mercê do meu desejo
Olhar fulminante acompanha qualquer movimento

Lentamente deposito um carreiro de beijos 

desde as virilhas até á tua boca
Lentamente encaixo minhas pernas em tuas ancas
Lentamente me afundo em ti num prazer divinal
Lentamente marco a cadência

Lentamente! Pedes-me

Intenso o olhar
Intenso o momento
Intenso o ritmo

Lentamente levanto o tronco
Lentamente avistas os meus seios
Lentamente beijas meus mamilos
Lentamente me entrego
Lentamente me fazes tua

Intenso o que se avizinha
Intenso o que se acumula
Intenso o desejo

Lentamente o arrepio que se anuncia
Lentamente os quadris que te possuem
Lentamente as mãos que em mim passeiam
Lentamente o grito, o suspiro, o gemido…

Prazer em fogo lento…

não sei se vai dar...


Mas nunca se esqueça que fui somente sua.

À Domicílio




À Domicílio




... O apartamento abria janelas para o mundo.

Crianças vinham colher na maresia essas notícias da vida por viver
ou da inconsciente saudade de nós mesmos.

A pobreza da terra era maior entre os metais que a rua misturava
a feios corpos, duvidosos, na pressa.

E de terraço em solitude os ecos refluíam e cada exílio em muitos se tornava e outra cidade fora da cidade na garra de um anzol  ia subindo, adunca pescaria, mal difuso, problema de existir, amor sem uso...
  
 Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saudade




Saudade! Não me persiga,
Não procures ser amiga
De quem gosta de ti!
Era assim que como eu falava,
Quando a saudade passava,
Às vezes, perto de mim!...

Mas... o tempo foi passando,
Todos foram se ausentando,
Para ali, para acolá...
A casa ficou deserta,
E pela janela aberta,
A saudade pode entrar!...

Saudades! Vens tão ligeira,
Ser minha companheira,
Nesta tristonha manhã!...
Dá-me o teu consolo amigo,
Saudades! Ficas comigo,
Saudades! És minha irmã!...


Rio de Janeiro, 15 de maio de 1941.

Para minha querida amiga Ruth, alma irmã da minha.

Alice França

AMIGOS

 

AMIGOS



Almas que no pretérito... 


Mantiveram íntimo relacionamento,

Imaginam nesta existência as mesmas possibilidades...

Gostam e sentem falta deste amor distante. Mas

O  presente exige novos relacionamentos, novas experiencias... 

Sábio aquele que percebe a diferença e cresce na adversidade.



ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2010
Código do texto: T2283907

POEMAS POSSIVÉIS JOSÉ SARAMAGO

Demissão
 
Este mundo não presta, venha outro.
Já por tempo de mais que andamos
A fingir de razões suficientes.
Sejamos cães do cão: sabemos tudo
De morder os mais fracos, se mandamos,
E de lamber as mãos se dependentes.


Fraternidade
 
A qual de nós engano quando irmão
Nestes versos te chamo?
Não são irmãs as folhas que do chão
Olham outras no ramo.
Melhor é aceitar a solidão.
Viver iradamente como o cão
Que remorde o açamo.


Mitologia
 
Os deuses, noutros tempos, eram nossos
Porque entre nós amavam. Afrodite
Ao pastor se entregava sob os ramos
Que os ciúmes de Hefesto iludiam.
Da plumagem do cisne as mãos de Leda,
O seu peito imortal, o seu regaço,
A semente de Zeus, dóceis, colhiam.
Entre o céu e a terra, presidindo
Aos amores de humanos e divinos,
O sorriso de Apolo refulgia.
Quando castos os deuses se tornaram,
O grande Pã morreu, e órfão dele,
Os homens não souberam e pecaram.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sonhos na noite




Mas uma vez surge à noite...
Penumbra frígida...
A névoa seca desce como um véu sobre as ruas tortuosas...
As flores liberam seus inebriantes aromas a provocar os instintos dos homens.
À noite não desejo luzes,
Não desejos sons,
Minha dor se transmuta em coragem,
Necessito apenas ficar só.
Eu serei a saudade que busca por ti...
Eu viverei meus sonhos em torno de ti...
Contigo... A paixão... Em todas as noites.

ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 28/05/2010
Código do texto: T2285400

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ENTRE NUVENS

 

ENTRE NUVENS

Estou pairando por entre nuvens...
Pois entre nuvens venço o tempo que te espero.
Por entre nuvens chamo teu nome aos ventos.
Por entre nuvens me arrisco a escrever teu nome, pois como na areia da praia... Aqui o vento apagará.
Minha paixão circula por labirintos...

Por entre nuvens vejo as aves migratórias em seu vôo para a casa.
Por entre nuvens posso saudar o nascer do sol, pois vislumbro todo o horizonte.
Por entre frias nuvens busco o calor de teu corpo..

Visualizo teu semblante – com as crianças fazem olhando nuvens que bailão ao sabor dos ventos.
Teus cabelos dançam com a força do vento que me acaricia.
O vento agora sobra teu nome...

Por entre nuvens busco encontrar a paz... Tenho a certeza de que ainda vou te encontrar... Em teus braços delicados, finalmente, poderei descansar.
 
ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 04/06/2010
Código do texto: T2299492

AMOR... AMOR... AMOR...

 

AMOR... AMOR... AMOR...

A inda que percorra
M undos diversos.
O riento meu caminho pela luz de teu olhar,
R umo direto para teu colo.



A manhã...
M orrerei mais um pouco.
O s nossos destinos são como paralelas...
R esta-me a esperança de nosso renascer.


A moras vermelhas...
M orangos maduros...
O s sabores doces destes frutos...
R emetem-me as lembranças de teus lábios.
 
 
ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 05/06/2010
Código do texto: T2300873

Ajustes...



Ajustes...

Procurei refúgio entre as nuvens,
Encontrei entre brancos lençóis de linho...
Procurei-te no azul do céus,
Estavas na cama a minha espera...
Procurei abrigo em teus braços...
Adormeci em teu busto inebriado por doce fragrância.

ONYR BOSS
Publicado no Recanto das Letras em 05/06/2010
Código do texto: T2300878

sábado, 20 de março de 2010

Futuros Amantes

MARIA BETHANIA - MONÓLOGO DE ORFEU - Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Poema do Menino Jesus - Fernando Pessoa

Fado De Pessoa

Ana Moura

 

Composição: João Pedro Pais
 
Um fado pessoano
Num bairro de Lisboa
Um poema lusitano
No dizer de Camões
Uma gaivota em terra
Um sujeito predicado
Um porto esquecido
Um barco ancorado

Leva-as o vento
Meras palavras
Guarda no peito
A ingenuidade

Figura de estilo
Tua voz na proa
De um verso já gasto
No olhar de Pessoa

Uma frase perfeita
E um beijo prolongado
Uma porta aberta
Traz odor a pecado
Uma guitarra com garra
Ouvida entre os umbrais
Numa cidade garrida com vista para o cais

Leva-as o vento
Meras palavras
Guarda no peito
A ingenuidade

Figura de estilo
Tua voz na proa
De um verso já gasto
No olhar de Pessoa

Leva-as o vento...

terça-feira, 16 de março de 2010

Amantes




Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
deixam andando duas sombras que se reúnem,
deixam um só sol vazio numa cama.


De todas as verdades escolheram o dia:
não se ataram com fios senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras.
A ventura é uma torre transparente.

O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
têm direito a todos os cravos.


Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem,
têm da natureza a eternidade.

(Pablo Neruda - Cem Sonetos de Amor)
Sabe
Te encontrar era tudo o que eu queria...
Anos - passei sonhando com este momento!
Venha!
Sentemos naquela mesa.
Vamos tomar um sorvete?

Deixa eu pensar.
Deixa eu ver como te contar
Como me apaixonei por ti...

Foi assim....
Um dia passastes por mim,
Numa rua qualquer,
Numa esquina qualquer,
E a partir desse dia sigo teus passos!

Agora,
Preciso aproveitar este átimo de coragem
Esta chance que surge,
E dizer: te amo!

Não,
Não te assustes!
Não sou maluca!
Não vá! Espera!
Vamos até o jardim,
Vamos nos sentar aqui...
Ouça: Te amo!

Fica!
Fica comigo!
Se for um erro,
Eu repetiria!
Sem ti
Nestes anos ouvi apenas
O vazio de meus passos!




Quando eu lembro de ti
Fico sonhando acordado
Vejo você sorrindo
Sentando-se ao meu lado
Vejo as curvas do teu corpo
Por teu vestido colado

Sentados à beira de um lago
Ouvindo as aves cantar
E murmurando baixinho
Você fica a me beijar
E desse sonho de amor
Eu não quero despertar

Eu e você juntos
Ficamos nos abraçando
O sol ia descendo
A noite ia chegando
Você deitou-se em meu colo
E adormeceu cantando

Eu fiquei amaciando
O seu cabelo lindo
Loiro, macio e dourado
Como um anjo dormindo
Ela adormeceu cantando
Pra mim despertou sorrindo

Foram só lembranças
Do que entre nós passou
Os beijos que ela me deu
A minha mente gravou
Foi um momento tão lindo
Que o tempo nunca apagou

Eu fico a me perguntar
Sem ninguém me responder
Momentos inesquecíveis
Que pretendo reviver
Mas são apenas lembranças
Que não consigo esquecer.


Zé Bezerra o Águia de Prata
Publicado no Recanto das Letras em 24/02/2008
Código do texto: T873854
O AMOR

Pois tu possuis grande poder, oh amor, só tu pudeste trazer Deus do céu para a terra.

Oh! quão forte é o teu vínculo, com o qual até Deus pôde ser atado.

Tu o trouxeste, o prendeste em teus laços, o feriste com tuas setas...

Tu feriste o invunerável, prendeste o insuperável, atraíste o incomutável.

Tornaste mortal o Eterno...

Oh amor, quão grande é a tua Vitória!

Hugo de S. Vítor

A Bela Adormecida está morta



Entram pelas janelas heras e espinhos agudos.
Na penumbra apenas miragem
do que foi sonho.
Bela Adormecida está morta sem carruagem de abóbora quebrado o sapato de cristal o castelo encantado dissolve-se no silêncio.
O príncipe apaixonou-se pela bruxa quando a viu na capa da Playboy.
Depois arrancou o coração dele e o deu de comer ao dragão que tornou-se pedra e está no jardim central da cidade do faz-de-conta.
E foi-se a coragem de lutar a lembrança do beijo e do amor.
Bela a Adormecida está morta
sem fadinhas salvadoras sem final feliz. Só a roca do tempo gira fiando um sono eterno

Pensamentos


Caminhas distraída.
Teu olhar perdido no espaço busca pensamentos distantes.
Segue sempre determinada...
Um lindo caminho te aguarda...
Fecha teus olhos


foto extraida da internet:

http://olhardalua.blogspot.com/2009/09/eternamente-apaixonada.html

segunda-feira, 15 de março de 2010

Retirado do Blog do Martinho. Achei lindo!

dessin nu Pictures, Images and Photos

Jogo-me nu,nos teus solidários braços
escrevo meus desejos nas tuas vontades,
em cada linha desse caminho sem volta,
Levando-me no rastro dos teus afagos.

Declamando a tua farta poesia,
pelos meus cantos em demasia
na pausa latejante de teu verso
fazemos amor de modo perverso

Em poemas molhados de abraços,
Guia a língua que lava o sexo,
a tua boca que me beija louco
na fusão de nossos laços

Entrego-me nas tuas mãos de pecado,
ao som dos teus sussuros rimados
Sinto o teu prazer amanhecer,
no brilho desse teu olhar parado


Na ousadia deliciosa de teus gestos
Declamamos mais uma vez nosso ato de amor
Em convulsôes carnais,um cansaço, manifesto,
Descansamos exautos, eu,você e teus versos

sexta-feira, 12 de março de 2010

Tu Fotografia




Me levanto en tu fotografia
me levanto y siempre ahí estas tu
en el mismo sitio y cada día
la misma mirada el mismo rayo de luz
el color ya no es el mismo de antes
tu sonrisa casi se borró
y aunque no estes claro yo te invento
en mis pensamientos
y en mi corazon...

Nadie tiene un pacto con el tiempo
ni con el olvido y el dolor oh no
si desapareces yo te encuentro
en la misma esquina de mi habitación

Cada dia que pasa te pienso y te vuelvo a mirar
cada cosa en su sitio el pasado el presente
en el polvo mis dedos se juntan
y quiero tenerte cambiando conmigo
no he movido tu foto ni el tiempo en los años
si me hablas de lejos procura avisarme temprano
y asi controlarme

Me levanto en tu fotografía
Cada dia invento una actitud
y aunque no se note el blanco y negro
Uh no me desespero
uso mi imaginacion
nadie tiene un pacto con el tiempo
ni con el rocio de la flor
si desapareces yo te encuentro
en la misma esquina de mi habitación

Cada dia que pasa te pienso y te vuelvo a mirar
cada cosa en su sitio el pasado el presente
en el polvo mis dedos se juntan
y quiero tenerte cambiando conmigo
no he movido tu foto ni el tiempo en los años
si me hablas de lejos procura avisarme temprano
y asi imaginarme
Que te tengo aqui....

Como Me Duele Perderte


Como Me Duele Perderte

Gloria Estefan

Como duele el día nublado
como el tiempo es tan pesado siiii
porque a diario pienso en ti
que bien grita el silencio
que bien duelen los recuerdos siiii
porque todo habla de ti

que delisia tu sensualidad
que locura cuando te sentia muy de cerca
y ahora que estas lejos hasta el universo ha muerto

como fue que tu dejaste de querer
y olvidaste del ayer
de nuestras miradas de nuestra piel
no te duele asi perder
lo que fue perfecto y acordado fiel

lo que me queda por decir
es como duele perderte hay hay hay
como me duele

que pequeno se hace el cielo
que umillante es el deseo siiii
porque ya no estas aqui

que sincero se hace el frio
como hiel mi sufrimiento
ya no se lo que es vivir

que delisia tu sensualidad
que locura cuando te sentia muy de cerca
y ahora que estas lejos hasta el universo ha muerto

como fue que tu dejaste de querer
y olvidaste del ayer
de nuestras miradas de nuestra piel
no te duele asi perder
lo que fue perfecto y acordado fiel

lo que me queda por decir
es como duele perderte hay hay hay
como me duele perderte

que delisia tu sensualidad
que locura cuando te sentia muy de cerca
y ahora que estas lejos hasta el universo ha muerto

como fue que tu dejaste de querer
y olvidaste del ayer
de nuestras miradas de nuestra piel
no te duele asi perder
lo que fue perfecto y acordado fiel

lo que me queda por decir
es como duele perderte hay hay hay
como me duele perderte.


Mi Buen Amor
Gloria Estefan

Hay amores que se esfuman con los años.
Hay amores que su llama sigue viva.
Los inciertos, que son rosa y son espina.
Y hay amores de los buenos, como tú.
Hay amores que se siembran y florecen.
Hay amores que terminan en sequía.
Los que traen desengaños en la vida.
Y hay amores de los buenos, como tú.

Mi amor, mi buen amor, mi delirio.
No pretendas que te olvide así, no más.
Que tu amor fue mar cuando sedienta.
Me arrimé a tu puerto a descansar.
Que tu amor, amor, sólo el que un día
en tu pecho, vida mía, me dio la felicidad.

Hay amores que nos llevan al abismo.
Hay amores que jamás se nos olvidan.
Los que dan toda ternura y fantasía.
Son amores de los buenos, como tú.

Mi amor, mi buen amor, mi delirio.
No pretendas que sea poco mi penar,
que tu amor fue luz de pleno día
cuando todo era oscuridad.
Que tu amor, amor sólo el que un día
en tu pecho, vida mía, me dio la felicidad
en tu pecho, vida mía, me dio la felicidad.