sábado, 17 de setembro de 2011

MORRER DE AMOR



MORRER DE AMOR

Lacrei na alma momentos que não escolhi,
cobrei do tempo, só o tempo de existir.
Busquei no vento só a brisa que me dê o rumo certo
 de um caminho para me perder.
Fiz do presente só o instante de retornar.
Não dei o passo pelo cansaço de tropeçar,
mas... Como criança por trás das portas você me alcança.
Saudades leves pesam-me às costas de solidão.
E no seu toque estendo os braços, sinto-lhe a mão.
Que corpo adentro me acaricia o coração.
São descaminhos, esses caminhos por onde vou.
Pois, na demência, de uma carência...
Morro de amor!

Cida Valadares

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