domingo, 25 de setembro de 2011




Palco


Sou o homem, cidadão perplexo da terra
Quando o mar exige, a onda vem me buscar
Eu lamento o azul, e borbulho no azul
De bolhas sou, na paz do mar

Quem me mandou estar aqui,
Na paz do mar, que eu não pedi?
Na indiferença do palco
Que eu não ergui?

Mesmo que brilhem todas as estrelas
A solidão existe na imensidão do mar
Nas fardas verdes dos meus coronéis
Exército obediente de algas marinhas

Despetalei meus sonhos, um a um
E despertei exausto de mim
Venci minhas batalhas, dilacerei meu corpo
E não consigo lapidar a alma

E como comediante bêbado
Exalto os meus papeis
Um tempo trágico, outro irônico
Meus passos sempre irão além de mim

Sou o homem, bicho universal
E a plateia irreverente pede bis



João das Flores

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Descrição: cid:2.218661224@web113509.mail.gq1.yahoo.com
BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.            
Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
            
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
            
Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
            
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.
            
Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.
            
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
            
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
            
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
            
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
            
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
            
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social

Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.
            
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
            
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
            
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
            
Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
            
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
            
  Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
            
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
            
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
            
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
            
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados

Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
            
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
            
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
            
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
            
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.
            
FIM

ADRIANA SOBRINO CURTINHAS


AINDA QUE MILHAS E MILHAS NOS SEPAREM
DIUTURNAMENTE PENSO EM TI
RINDO DAS LEMBRANÇAS FELIZES
IGNORANDO PASSAGENS TRISTES, MAS SEMPRE
APRENDENDO COM CADA PASSO VIVIDO.
NOSSA VIDA É UMA ESCOLA PARA APERFEIÇOAR O
AMOR INCONDICIONAL.

SEMPRE
ORIENTANDO DE FORMA CORRETA OS
BELOS FILHOS QUE DEUS LHE DEU.
RECOMPENSAS COLHERAS.
INFORTÚNIOS OLVIDARAS.
NADA PODE OPOR-SE AO AMOR.
ORBITANDO EM TORNO DO SENHOR.

CONTUDO...
UNIDOS POR IDEAIS
ROMPEMOS BARREIRAS
TRANSPOMOS DISTÂNCIAS
IMPLORO AO CRIADOR, QUE
NESTA DATA TÃO ESPECIAL, VELE
HOJE EM SEMPRE POR TI E PELOS TEUS.
ANIVERSÁRIO FELIZ!
SAUDADES


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O que a vida me deu - João das Flore

O que a vida me deu


Agora eu fecho os olhos e sinto a minha mão tocar o relógio de ouro e vidro de cristal que meu pai guardava entre suas coisas amadas. Penso:
Ele se foi, o relógio não sei onde se escondeu, e no entanto eu os sinto agora, e me perseguem pela vida afora.
Gostava do meu pai e do relógio também. Eram inseparáveis!

Assim a vida foi me dando estes presentes, mostrando tantas coisas que incorporei na imaginação, na arte de ter tudo arquivado em algum lugar da alma.

Moças que gostei secretamente continuam lindas a povoarem os meus dias. Guardo até o brilho dos olhares que prendi no meu olhar, e não permiti que envelhecessem, por isso os tenho brilhantes, em atrevida juventude.

Ainda tenho o gosto da água do rio doce na boca. Ainda ouço o melro e o canário da terra acordando a manhã, de tantas outras manhãs que escolheram viver comigo em sentimento. Aquelas gotas de orvalho desmaiadas na folha de taioba, ainda conservo no olhar, como se fossem um arranjo de esmeraldas e diamantes, e aquele vento que assopra o milharal, sou eu brincando de fazer marola, e pincelando a serra de ouro e o verde das turmalinas.

Aquela musica é minha. Ela vinha com as tardes me fazer cantar.
Os anoiteceres são meus!
Deixo as pálpebras caírem e abraço os mesmos encantamentos de outrora.
O belo sorriso da minha mãe ainda me embala com a mesma ternura!

Fecho os olhos e acaricio o passado. Ele está guardado na memória do coração.

O meu pai está ali, e aquele relógio ainda é meu!

João das Flores

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Publicado em 24/09/2009 às 18h26

O que me leva a ti - João da Flores



 

 
 

" O que me leva a tí "



    O que me leva a tí
    Não é a solidão das noites nuas
    A existência tão mesquinha
    O desprezo a caminhar nas ruas
    Nem os olhares afogados da inocência
    A fuga do contentamento
    O dilacerar-se do dia a dia
    As tardes sem encantamento

    O que me leva a tí
    São estas mãos tão boas
    Que benzem quando acariciam
    Com a esperança que me doas
    É esta mansidão que irradias
    É esta generosidade que fala
    De um cantinho na alma
    Que acode e que se cala

    O que me leva a tí
    É este não levar
    É vires como o arrependimento
    Com hora incerta de se perdoar
    É este gostar desmedido
    De me prenderes em teus laços
    De me guardares por entre as pernas
    Orquestrando os nossos abraços

    O que me leva a tí
    É a necessidade de nos gostarmos tanto
    De completarmos um ao outro
    Capturados de encanto
    É crer que em tí
    Eu faço as pazes com a santidade
    Porque só tu me podes dar
    Alguns momentos de eternidade .
 
 
Formatação: JAS
Joao das Flores

 www.macacosecolibris.com 


__._,_.___

Eco de Sol por Ci Oliveira

Eco de sol


Do eco fez-se sol
do vazio renasceu
a luz da áurea perdida
nos tempos

Percorreu a areia
temida de fria
foi deixando marcas
que a maré levou
aos soluços

Deixou de pensar
apenas sentiu
o pôr-do-sol
com magia de luar

O corpo
separou-se-lhe da alma
navegou, navegou
ainda navega
e reluz na espiral
das ondas
que a despiram
de dúvidas e desgosto

Fechou os olhos
e lá ficou
ainda hoje se vê
no vermelho do céu
trocando carícias
com o rei sol

Leia mais em: http://amoaspalavrasci.blogspot.com/#ixzz1YdeEx4eu

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Teus olhos castanhos

 
 
Teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são pecados meus,
são estrelas fulgentes,
brilhantes, luzentes,
caídas dos céus,
Teus olhos risonhos
são mundos, são sonhos,
são a minha cruz,
teus olhos castanhos
de encantos tamanhos
são raios de luz.

Olhos azuis são ciúme

e nada valem para mim,
Olhos negros são queixume
de uma tristeza sem fim,
olhos verdes são traição
são crueis como punhais,
olhos bons com coração
os teus, castanhos leais.

" Teu Olhar "

 
 
 " Teu Olhar "

Teu olhar de verdes cores
Tem a cor da calmaria
De um sol deitado num lago
Na hora da Ave Maria
É como alguem que adormece
Nos braços da estrela guia

Me faz lembrar as campinas
Me arrasta com os arvoredos
É luar por trás dos montes
Guardando tantos segredos
É como a nau que se perde
Prá ir quedar nos rochedos

Teu olhar de verdes cores
Navegou tantos destinos
Cruzou caminhos e vales
Certezas e descaminhos
Pra escravizar docemente
Meu coração de menino

    
João das Flores

sábado, 17 de setembro de 2011

"Poeta Amor"



E, continuando essa busca,
se eu morrer amanhã,
serei feliz!
Te procurei,
não te encontrei
mas só te amei!

Eda Carneiro da Rocha
"Poeta Amor"

MORRER DE AMOR



MORRER DE AMOR

Lacrei na alma momentos que não escolhi,
cobrei do tempo, só o tempo de existir.
Busquei no vento só a brisa que me dê o rumo certo
 de um caminho para me perder.
Fiz do presente só o instante de retornar.
Não dei o passo pelo cansaço de tropeçar,
mas... Como criança por trás das portas você me alcança.
Saudades leves pesam-me às costas de solidão.
E no seu toque estendo os braços, sinto-lhe a mão.
Que corpo adentro me acaricia o coração.
São descaminhos, esses caminhos por onde vou.
Pois, na demência, de uma carência...
Morro de amor!

Cida Valadares

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DANÇANDO PARA VOCÊ



Eu, ontem, dancei para você.
Com toda minha sensualidade,
mostrei meu corpo desnudo e belo
nos maiores momentos de minha sensualidade.
Senti seus olhos em mim e, com eles,
fui obrigada a sonhar e ir adiante.
Queria muito provocar seu corpo e seu amor.
Dancei, com vontade.
Me soltei, como se em seus braços estivesse.
O calor do seu olhar me levou ao delírio
de sentir prazer com esses seus olhos
que me queriam de corpo inteiro.
Esse dançar para você...
É loucura de mim!

PS: EU TE AMO

Vera Hernandez
( GAMINE )


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Me Encante (Pablo Neruda)

Me Encante
 (Pablo Neruda)
 
 
 
Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar...

Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.

Me acarinhe se quiser...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar...

E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar...

Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, seus medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade...
Mas não  esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.

Me encante como você  fez com o seu primeiro namorado...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.

Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva....

Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre...
Mas, me encante de verdade, com vontade...

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas!!!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Carlos Drummond de Andrade





'Satânico é meu pensamento a teu respeito,
e ardente é o meu desejo
de apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança incontestável pelo
que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha
cama, quando, sorrateiramente,
te aproximaste..
Encostaste o teu corpo
sem roupa no meu corpo nu,
sem o mínimo pudor!
Percebendo minha
aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e
mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares.
Eu adormeci.Hoje quando acordei,
procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol,
provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu
durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo,
para na mesma cama te esperar.
Quando chegares,
quero te agarrar com avidez e força.
Quero te apertar

com todas as forças de minhas mãos.
Só descansarei quando vir
sair o sangue quente do seu corpo.

Só assim, livrar-me-ei de ti,
pernilongo
Filho da Puta!'

domingo, 4 de setembro de 2011

A Guerreira

 
 
A Guerreira
Paulo Coelho
 
 
 
Todo guerreira ja ficou com medo de entrar em
combate.
Todo guerreira já perdeu a fé no futuro.
Todo guerreira já
trilhou um caminho que não era dela.
Todo guerreira já sofreu por bobagens.
Todo guerreira  já achou que não era guerreira
Todo guerreira  já  falhou em suas obrigações.
Todo guerreira Já disse "SIM" quando
queria dizer "NÃO".
Todo guerreira já feriu alguém que amava.
Por isso é um guerreira;
porque passou por estes desafios,
e não perdeu a esperança de ser
melhor do que era.